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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

RESENHA: Jogos vorazes.


Jogos vorazes, de Suzanne Collins
400 páginas - Editora Rocco, 2010

Cotação: *****



Em um futuro não identificado, a nação de Panem - uma poderosa Capital e treze distritos a seu redor - ergueu-se nas ruínas do que um dia foi a América do Norte.
Cansados da opressão, os distritos se rebelaram contra a Capital. Foram massacrados (o 13° distrito foi extinto) e, como castigo e recordação de sua fraqueza, a Capital instituiu os Jogos Vorazes, um cruel duelo entre um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos de cada um dos doze distritos em uma arena - os tributos. A batalha, entre eles e pela sobrevivência, é transmitida ao vivo por todo o país - uma versão sanguinária do Big Brother.
Katniss Everdeen tem 16 anos e mora no Distrito 12, o mais pobre. Depois da morte do pai, é ela quem toma conta da irmã caçula, Prim, de doze anos, e da mãe. Katniss se tornou caçadora para não morrer de fome, é destemida e detesta o poder que a Capital tem sobre o distrito.
Prim é sorteada para os 74º Jogos, e Katniss, sem hesitar, se oferece para ir em seu lugar. Como um tributo, a garota começa a descobrir que a crueldade e o poder da Capital vão ainda mais além do que ela imaginava.

Com uma narrativa simples, crua e envolvente, Suzanne Collins transmite bem sua mensagem em Jogos vorazes: o leitor se sente preso à história e, ao mesmo tempo, sente um certo mal-estar por estar acompanhando tanta crueldade e esperando pela próxima morte.
Suzanne não perde muito tempo construindo seus personagens - mas o suficiente para você se apegar a eles -, e é fácil identificar as reviravoltas que a trama terá. Mesmo assim, é uma leitura agradável e intensa, e ganha pontos por trazer a distopia - um dos temas mais aclamados da ficção científica - para o universo dos livros para jovens adultos, sem perder a crueldade e o desespero típicos de narrativas distópicas.
Jogos vorazes é o primeiro volume de uma trilogia composta também por Catching fire e Mockingjay. Ainda não há previsão de lançamento dos outros dois volumes em português.


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Antes mesmo de publicar Carrie, o mestre do horror Stephen King escreveu cinco novelas sob o pseudônimo de Richard Bachman, recusadas por sua editora. Quatro delas foram publicadas em um único volume, intitulado Os livros de Bachman. Duas delas tem uma premissa bastante parecida com a de Jogos vorazes e uma narrativa ainda mais cruel.
Em A longa marcha, acompanhamos cem jovens que participam do evento desportivo anual realizado pelo governo dos Estados Unidos, saindo da fronteira do Maine com o Canadá em direção ao Sul. Não há ponto de chegada - a competição termina quando restar apenas um sobrevivente. Cada participante deve manter uma velocidade média de quatro milhas por hora e é avisado quando comete uma falta (quando andam muito devagar ou ficam mais que alguns segundos parados). Três faltas equivalem a receber balas na cabeça. O último que aguentar vivo tem como prêmio a realização de um desejo.
O concorrente se passa nos Estados Unidos do ano 2025, quando a economia do país está em ruínas e a violência aumenta cada vez mais. Ben Richards, o protagonista, participa do reality show que dá nome ao livro em que os concorrentes, que podem ir a quaquer lugar do mundo, são perseguidos por caçadores contratados para matá-los.

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